Como é feita a polinização do maracujá?

As flores do maracujá abrem-se de maneira sincronizada, uma única vez, e devem ser fecundadas no período em que estão abertas. Passado esse período, as que não são polinizadas caem da planta.


"A flor do maracujá apresenta alguns problemas com relação à polinização e o primeiro deles é a posição do androceu em relação ao gineceu, o que dificulta que o grão de pólen atinja o estigma. 
O segundo problema acontece devido ao fato de o grão de pólen ser bastante pesado. Ao se soltar, ele cai no interior da flor ou no solo, não ocorrendo a polinização. 
O terceiro problema é a autoincompatibilidade, já que o pólen de uma planta é incapaz de fertilizar as flores dela mesma. 
Para que ocorra a fertilização é necessário, portanto, que haja plantas com diferentes genótipos na lavoura e, também, a presença de insetos polinizadores".

O tipo de flor, de acordo com a curvatura do estilete, também interfere na polinização. Os estiletes encontram-se em posição vertical, logo que a flor se abre. Mas, logo após eles se curvam até que os estigmas fiquem no mesmo nível das anteras. 
Assim, curvados, os estigmas podem ser tocados pelos insetos polinizadores e retêm os grãos de pólen. No entanto, nem sempre ocorre a curvatura completa do estilete, o que dificulta a polinização pelos insetos.

 

As flores do maracujazeiro são grandes, vistosas, aromáticas e com abundância de néctar, por isso, são muito atrativas aos insetos. O principal agente polinizador natural do maracujá, no Brasil, é a mamangava, uma abelha do gênero Xylocopa, que vive em mourões podres e nas matas. Quando elas visitam a flor do maracujazeiro, em busca do néctar, encostam seu dorso nos estames onde estão os grãos de pólen. Por serem de grande porte, conseguem alcançar o estigma de outras flores, efetuando a polinização. 


















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